terça-feira, 11 de dezembro de 2007

A chegar…


Este ano vestiu-se de natal mais cedo,
Logo surgiram as montras vistosas,
as luzes, as cores,
os ritmos consumistas!
Eu ia passando indiferente,
Contrariada até por vezes,
não era o essencial.
Mas entretanto começa o tempo,
Sim, o Teu tempo,
aquele que nos prepara por dentro,
que nos abre horizontes,
aquele que nos aproxima,
que nos faz mais disponíveis,
mais presentes,
mais caminhantes!
Acredito mesmo que este Teu tempo,
que é tão Nosso,
nos transforma por dentro,
nos faz mais despojados,
mais unidos,
este ano acho que acordei mais cedo,
acordei Contigo e em Ti.
Suavemente fui despertando,
na intimidade da nossa oração,
saboreando na tua palavra,
cada desafio e interpelação.
E deixo-me invadir pelo desejo ardente,
que venhas,
Que nasças!

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Pontes entre nós!


Se é verdade que uma ponte
É uma ligação,
Também é verdade que entre nós,
Existe uma ponte cada vez mais
Forte, reflexo da nossa união
e ouso dizer da nossa aliança!
Que se vai construindo dia á dia,
entre coisas grandes e pequenas,
bênçãos e angústias,
e o segredo está em saber reconhecer-Te,
em estar atenta,
mantendo a firmeza da fé.
Também não me iludo,
Digo isto porque só me posso iludir a mim,
Porque Tu me “sondas e conheces”
“de longe conheces o meu pensamento”.
Sei que às vezes vacilo e que fica difícil olhar em frente,
mas é aí que Tu me amparas,
me abraças firme e delicadamente.
Sem cobranças…para quê?!
Bem conheces o meu coração pesado,
amargurado pela queda.
Importa-Te mais que eu me levante
e continue a caminhar.
Nestes dias sinto-Te assim,
bem perto e reconheço
a tua presença em cada pormenor!
Fico feliz e tranquila Contigo.
E vou rezando para que a nossa ponte,
se prolongue continuamente,
num esforço para que não se quebre!

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Reconhecer


O meu Deus é muito Grande,
É Pai e amigo,
Companheiro e confidente sempre presente.
O meu Deus é Tudo,
Tem dias em que tem de ser
mais Ele em mim, que eu própria.
E só assim tudo fluí.
Porque Tu estás ali,
Tão firme e tão presente.
É um animo e uma verdadeira bênção,
saber-Te assim tão unido a mim.
Este reconhecimento compromete-me
todos os dias, a cada hora,
faz-me mais livre de tudo,
porque Tu és o meu tudo.
Este sentimento reforça os nossos laços,
a nossa união vai ficando mais próxima,
e claramente cada dia mais consistente.

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

A vida com as suas coisas


É estranho,
Chega a ser desconfortável,
que depois de um momento tão forte,
tão cheio de Ti, tão próximo do teu chamado,
venha a vida com as suas coisas…
Aí para trás fica a profunda inquietação
de Te ouvir, de sentir as tuas palavras
que me interpelam e sobretudo me seduzem.
Parece que aquele bater acelerado do coração,
que se inquieta por estar cheio de Ti,
Cheio de vontade de avançar,
De avançar no projecto a que me chamas,
enfrentando as minhas limitações,
os medos que me prendem,
deixa de fazer sentido.
Só confusões,
Só mesquinhices… tão humanas,
tão pequenas que nos afastam do essencial.
O primeiro impacto de frente custa,
parece que não faz sentido,
como é que no Nosso dia,
isto acontece!?
Mas é aí que percebo que a minha fé é maior,
maior que qualquer chatice,
contrariedade ou entrave que surja!
Porque aí, lá estás comigo,
tão desanimado como eu,
mas a dar-me as forças
que aparentemente me escapam.
E de novo renasce a esperança,
nada se resolve no imediato, ainda assim,
as soluções mais ou menos fáceis ali estão,
e quanto mais me confio a Ti,
mais serena fico.
E entendo que a vida com as suas coisas,
podia não ter surgido naquele momento,
mas talvez tenha sido bom,
porque assim cheia de ti,
tudo se enfrenta.
Caminhamos juntos!

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Amigos


“A ti a quem eu chamo amigo,
Vou-te dizer com o que podes contar,
Pra ti sei como uma porta aberta,
Na qual tu podes sair ou entrar.
Não te prometo estar sempre de acordo,
Porque um amigo não diz sempre sim”

A amizade é assim,
faz-nos mais humanos,
desperta a nossa atenção para o outro,
liberta-nos do egoísmo do eu,
para descobrir a dimensão do outro.
E a comunhão vai acontecendo
em pequenas coisas,
em pequenos Dons que emergem.
Valorizamos todas as oportunidades
em que estamos juntos,
porque sempre conhecemos mais o outro,
e damo-nos a conhecer.
A amizade é uma troca,
Livre, desinteressada, atenta,
Partilhamos o que temos e somos,
Sem reservas, sem mascaras.
Aprendemos a ler os olhos de quem escutamos,
Porque um amigo já nos conhece por dentro,
Às vezes nem precisamos falar,
para espelhar a alegria ou a tristeza que nos vai na alma.
Os laços que se criam fazem-nos cuidar,
em qualquer momento,
aprendemos a valorizar a presença,
o simples Estar,
a Escuta,
a Oração.
É aí que se explica quando rebentamos de alegria,
com a felicidade dele,
ou nos sentimos impotentes perante o seu desespero…
Mas nesse mesmo momento,
Dà-se o milagre da Fé,
A certeza de sermos instrumentos de Deus,
Deixa-nos mais fortes para os acompanhar,
faz-nos desapegar-nos de nós,
para olhar o outro e pelo outro.
Sentimo-nos mais de Deus,
E aprendemos a confiar-lhe alguém
que lhe è tão especial como a nós,
Afinal foi Ele que nos cruzou caminhos
e aí está a nossa grande bênção.

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Centro


Tudo adquire outra calma,
outro brilho,
outro encanto até…
Quando Tu voltas a ser o Centro de tudo.
E de novo nos reencontramos,
voltamos a caminhar juntos,
não que deixássemos de o fazer,
porque Tu estiveste sempre ali,
a caminhar lado a lado,
mas talvez que eu não tenha estado
sempre tão desperta como hoje.
Contigo no centro de tudo,
o dia fluí,
o que parece mais difícil,
não deixa de o ser,
mas tenho outra confiança.
Aquela que vem de Ti,
e aos poucos tudo se vai fazendo.
Até as palavras e frases que surgem,
não são soltas,
se pensar bem,
Tu ali estás naquele conselho sábio,
naquele apoio simples.
Na leveza de chegar ao fim e sentir,
dever cumprido…
E tudo, tudo…
porque Te tive sempre comigo,
e desta vez estive atenta!

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Mudar



Oh, meu Senhor,
E meu Tudo!
Às vezes queria poder mudar
tantas coisas,
não digo mudar o mundo,
porque isso é a missão de todos.
Falo em mudar-me a mim,
Que custa tanto,
ou mais!
Falo neste orgulho que me mata,
que me distancia do que tenho de melhor,
que me faz precipitar,
motivo de tanto sofrimento desmedido.
E porquê?
E para quê Senhor?!
Quando caiu em mim,
pergunto-me como mudar…
Parece que caminho para um beco sem saída,
aparentemente as coisas serenam,
mas é uma ilusão bem sabes,
na próxima cena,
lá caiu de novo.
Então qual a solução.
Diz-me Senhor,
Porque custa tanto mudar por dentro,
Ser melhor, ser mais e melhor,
Qual a chave para a mudança,
É a humildade?!
Será esse o caminho?
É com certeza,
Oh, Senhor,
Ajuda-me a serenar na humildade,
A gerar mais que vontade de mudar.
Molda-me nas Tuas mãos sábias,
que tão bem me conhecem e sabem o que me falta!

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Miguelita?!


Revejo-me neste Miguelito,
“À espera de alguma coisa da vida”,
tenho passado uns tempos assim.
Como se a vida tivesse que me dar tudo,
E eu pudesse permanecer ali,
Simplesmente à espera.
Mas não…
É um engano,
Um deixar andar,
Talvez seja esta liberdade que nos confias,
pode deixar-nos deste modo,
soltos, estagnados ou confiantesde mais.
Contudo, facilmente percebemos que
importa avançar,
que o caminho se faz caminhando.
E que só Tu,
Dás sentido À Vida,
À minha Vida.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Só em Ti



Só em Ti Senhor,
reina um coração tranquilo,
uma serenidade continuada.
Só quando Tu e eu somos um,
o desassossego não se instala,
a angústia, a inquietação…
Tu tomas o meu coração e o sossegas,
Dás-me a força que me falta,
para enfrentar cada trabalho,
cada desafio.
Juntos tudo fica mais fácil,
em permanente conversa,
sonho, partilha…
Tudo toma forma,
e ambos avançamos,
eu melhor, mais segura.
Só Tu Senhor,
és a força que me faz firme.
Só Tu,
impulsionas a minha vida,
e a fonte está na oração
que reforça os nossos laços.

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Parar


A agitação dos dias afasta-nos,
as horas não passam….voam!
E fica difícil simplesmente parar,
Ouvir… desabafar, rezar!
Parece difícil,
chegar a casa e permanecer em silêncio,
sem sons que rompem e desassossegam.
E que supostamente nos ocupam e
preenchem de nada.
Também é difícil quebrar rotinas,
mesmo se as sentimos necessárias,
e se impõem para o nosso equilíbrio.
Mudar…
Mudar hábitos ou simplesmente retomá-los,
apresenta resistências fortes,
mas sabemos que é o único caminho,
a ponte para reatar os laços,
que ficaram desvanecidos.
Depois de nos confrontarmos
com essas necessidades obvias,
dar o primeiro passo,
só custa até o darmos.
Aí renasce a tranquilidade,
a confiança começa de novo a emergir,
a Vida ganha um novo sopro,
que nos habita,
Serena e interpela!
E voltamos a ser Dois,
a intimidade reatada dá frutos,
e a agitação dá lugar á calma.
Tudo volta a fluir,
porque só em Ti nasce a paz.

domingo, 23 de setembro de 2007

Dom da Vida


O tempo passa,
Às vezes acho que corre até depressa demais.
Talvez por isso seja difícil estar atento,
aos pequenos pormenores da vida.
Ao azul do céu,
ao verde, aos passarinhos,
às pessoas, ao mundo que nos envolve…
Mas há um dia em que todos estes sinais
de Deus no mundo, nos tocam.
Não ficam ignorados!
É o nosso dia,
Aquele em que tu e todos são especiais,
Em que acordamos Renovados,
Cheios de Vida,
E olhamos tudo
com um olhar novo.
Um olhar mais alegre,
Animado, cúmplice,
que quer partilhar a sua vida com os outros.
Que olha o futuro com uma nova esperança,
com um novo horizonte,
Cheio de oportunidades de ser ainda mais feliz!
É o nosso dia,
É meu e por isso também é teu,
Então chegam cedo os teus presentes,
As estrelas que iluminam a noite,
O sol que rompe alegremente a manhã,
e aquelas pequenas coisas, palavras,
gestos, risos…
Em tudo vibramos juntos,
lado a lado
o dom da Vida que docemente
me envolve em novos desafios,
que me deixam mais serena,
mais madura!
22 de Setembro é assim...

domingo, 9 de setembro de 2007




Caminho

Caminho na certeza,
de já ter percorrido um trilho…
Às vezes sinto que este trilho já é longo,
mas noutras alturas reparo com verdade,
que este trilho se longo,
também me devia ter dado:
Mais respostas,
mais certezas,
menos fugas,
menos medos.
Digo isto com dor,
porque no fundo no fundo do meu Ser,
bem sei que não faz sentido ter medo,
muito menos fugir!
Fugir de quê, de quem?
De mim, de Ti?!
É um engano,
mais tarde ou mais cedo,
na primeira curva mais apertada,
Eis que Te contemplo de novo,
E aí…
Confronto-me com o corre, corre da vida,
Com o trabalho, com tudo,
tudo o que coloco entre nós.
Tudo o que nos afasta.
Vejo ainda que,
Na verdade não faço nenhum caminho,
sem deixar outro para trás, é inevitável..
É assim em tudo,
E contigo não é diferente,
Tudo o que deixo para trás pesa,
Mas Tudo o que ganho em seguir em frente é bem maior.
Olho-Te de relance,
com receio de enfrentar os Teus olhos,
porque me culpo…
pelo caminho desperdiçado!
E Tu…
como sempre,
continuas a encarar-me,
não de cara feia, fechada ou desapontada.
Mas confiante,
de braços abertos esperas-me!
E de novo,
Enches-me de força e sussurras-me ao ouvido:
Recomeçamos Hoje!
Agora.

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Inevitável


Mais um dia…
Novos desafios…
Novas adversidades,
Como enfrentá-las?
Com contornar as situações?
E persiste a questão, como???
Como Senhor?
E aí…entre o corre, corre da manhã,
eis que Surges!
Sim a solução só podias ser Tu,
Ou alguém em quem te manifestaste,
por mim e para mim.
E aí…
Tudo parece fácil,
Para quê tanta angústia?
Mas também é aí que eu me vou superando,
Que vou crescendo,
Que Te reconheço mais,
Cada vez mais,
E inevitavelmente melhor!
Obrigado…

terça-feira, 21 de agosto de 2007

Firme na adversidade...


Temos dias que nos colocam à prova,
Parece que o ritmo das coisas vai contra a alegria da manhã,
o sorriso do dia, o azul do céu…
Dificuldade atrás de dificuldade,
o dia avança e parece testar as nossas forças!
E é ali,
enfrentando cada adversidade,
quando as nossas forças parecem escassear…
É aí que nos vemos mais firmes,
mais seguros, mais acompanhados,
mais capazes de ir em frente,
de começar de novo as vezes que forem precisas,
até finalmente tudo voltar a fazer sentido,
e regressar a paz!
Finalmente quando tudo se pacifica,
olhamos para trás…
E se estivermos atentos,
vê-se o Toque,
e os Gestos delicados do Deus que nos habita.
Só Ele é a nossa maior fortaleza;
Só Ele nos faz suster cada embate.
Só com Ele tudo fica mais fácil,
Só com Ele seremos firmes nas adversidades!

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

O Peixe e o Mar, Nós e Deus.


“Uma vez pediram a um peixe para falar do mar.
- Fala-nos do mar - disseram-lhe.
- Dizem que é muito grande o mar, respondeu o peixe.
Dizem que sem ele morreríamos. Não sou o peixe mais indicado para vos falar do mar. Eu, do mar, o que conheço bem são estes dez metros de superfície. É só deles que vos posso falar. É só aqui que passo o meu tempo, quase sempre distraído. Ando de um lado para o outro, à procura de comida ou simplesmente às voltas com o meu cardume. No meu cardume não se fala do mar. Fala-se das algas, das rochas, das marés, dos peixes grandes e perigosos, dos peixes pequenos e saborosos e de que temperatura fará amanhã. O meu cardume é assim: eles vão e eu vou atrás deles.
- Mas tu, que és peixe, nunca sentiste o mar?
- Creio que o sinto, às vezes, ao passar-me nas guelras.
Umas vezes sinto-o, outras não. Às vezes sinto-o, quando não me distraio com outras coisas. Fecho os olhos e fico a sentir o mar. Isto tudo de noite, para que os outros não vejam. Diriam que sou louco por dar tempo ao mar.
- Conheces o mar, portanto. Podes falar-nos do mar?
- Sei que é grande e profundo, mas não vos quero enganar. Sei de peixes que já desceram ao fundo do mar. Quando os ouvi falar percebi que não conheço o mar. Perguntem-lhes a eles, que vos saberão falar do mar. Eu nunca desci muito fundo. Bem, talvez uma ou duas vezes…um dia as ondas eram tão fortes que eu tive de me deixar levar muito fundo, para não morrer. Nunca lá tinha estado e nunca esquecerei que lá estive. Apenas vos sei falar bem da superfície do mar…
- Foi mau, quando desceste? Porque voltaste à superfície?
- Não foi mau. Foi muito bom. Havia muita paz, muito silêncio. Era como se fosse lá a minha casa, como se ali eu estivesse inteiro.
- Porque não voltaste lá ao fundo? Por preguiça?
- Às vezes acho que é preguiça, outras vezes acho que é medo.
- Medo? Mas tu não disseste que era bom? Medo de quê?
- Medo do desconhecido, medo de me perder. Aqui à superfície já estou habituado. Adquiri um certo estatuto para mim mesmo. Controlo as coisas ou, pelo menos tenho a sensação de as controlar. Lá em baixo não sei bem o que me pode acontecer. Estou todo nas mãos do mar.
- Tiveste medo quando chegaste ao fundo do mar?
- Não tive medo algum. Era tudo muito simples… E no entanto agora tenho medo…Mas eu não cheguei ao fundo do mar! Apenas estive menos à superfície.
- E que dizem os outros, os que lá estiveram?
- Dizem coisas que eu não entendo. Dizem que é preciso ir para perceber. E dizem que nada há de mais importante na vida de um peixe.
- E explicam como se vai?
- Aí é que está. Explicam que não se chega lá pelo esforço, que só podemos fazer esforço em deixar-nos ir. Que é só o mar que nos leva ao mar.
Então veio uma corrente muito forte que o fazia descer. O peixe tentou lutar contra ela com quantas forças tinha, à medida que via distanciarem-se as coisas da superfície.
Talvez para sempre…Mas depois fechou os olhos, confiou e já sem medo deixou-se ir.”

In, O Príncipe e a Lavadeira
Redescobrir a fé cristã ,histórias simples para falar de Deus e de nós
Autor: Nuno Trovar de Lemos, s.j. Edições Tenacitas

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Brilhar como o sol...


Repara na força,
na alegria e na firmeza
de cada pétala dourada ao sol!
Contempla este girassol,
E retira dele a força que precisas,
Para olhar a vida a sorrir!

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Hoje…


Cada dia é um hoje,
Mas a verdade é que o dia de hoje,
este que está a acontecer agora, não se repete.
Cada dia é único,
É uma oportunidade,
um desafio ou mesmo vários.
Não…achas mesmo que não?
Podemos acordar com o mesmo jeito indiferente,
ensonado, cruzar-nos com pessoas de modo ausente,
ir para o trabalho com a mesma cara fechada,
chatear-se pelos mesmos motivos…
E aí o dia será igual ao anterior e
perspectiva-se igual aos seguintes.
E será pena porque perdemos tempo,
tempo para nós, para os outros,
tempo para o essencial, ser feliz.
Porque ser feliz depende mais de nós que dos outros,
Temos que nos predispor a olhar o céu azul,
a reparar nas flores do caminho, nos cheiros,
nas andorinhas que cruzam os céus
e encantam os alpendres.
Temos que saber sorrir a quem passa,
levar a vida com leveza,
mais desapegados,
mais livres!
Só assim damos cor e sabor à vida,
Encarando-a de frente;
Caminhando com firmeza, confiantes,
abertos ao que o mundo nos quer dizer.
Só assim, enfrentaremos os nossos medos,
as nossas fugas…
Só assim conseguimos ver,
ouvir, estar,
quer ser mais com Ele e n´Ele.
Só assim hoje,
seremos mais e melhor!

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Inicio


Como começar uma obra?!
Não importa o tipo..
O que colocar?
Que cores…
Que letras, que formas…
Que traços delinear, juntar?!
Está tudo em aberto;
A criatividade escorrega entre os dedos,
como a areia numa praia imensa,
que de leve ou muito bruscamente,
é banhada por um mar azul,
que aponta para um horizonte sem limites.
E às vezes,
não tão rápido quanto desejado,
a verdade é que as palavras se juntam,
formam frases...
Que cheias de força,
transportam sentimentos,
Pedaços de gente,
expressões…e um toque pessoal,
sempre único,
muito além do que se vê no imediato.
Podem ser traços,
linhas direitas ou fragmentadas,
com pormenores e sensações,
descodificadas ou escondidas…
São jogos de cor intensos ou simples,
tudo serve para dar ritmo ao Sonho,
À obra que não é nossa.
É do mundo!