quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Inevitável


Mais um dia…
Novos desafios…
Novas adversidades,
Como enfrentá-las?
Com contornar as situações?
E persiste a questão, como???
Como Senhor?
E aí…entre o corre, corre da manhã,
eis que Surges!
Sim a solução só podias ser Tu,
Ou alguém em quem te manifestaste,
por mim e para mim.
E aí…
Tudo parece fácil,
Para quê tanta angústia?
Mas também é aí que eu me vou superando,
Que vou crescendo,
Que Te reconheço mais,
Cada vez mais,
E inevitavelmente melhor!
Obrigado…

terça-feira, 21 de agosto de 2007

Firme na adversidade...


Temos dias que nos colocam à prova,
Parece que o ritmo das coisas vai contra a alegria da manhã,
o sorriso do dia, o azul do céu…
Dificuldade atrás de dificuldade,
o dia avança e parece testar as nossas forças!
E é ali,
enfrentando cada adversidade,
quando as nossas forças parecem escassear…
É aí que nos vemos mais firmes,
mais seguros, mais acompanhados,
mais capazes de ir em frente,
de começar de novo as vezes que forem precisas,
até finalmente tudo voltar a fazer sentido,
e regressar a paz!
Finalmente quando tudo se pacifica,
olhamos para trás…
E se estivermos atentos,
vê-se o Toque,
e os Gestos delicados do Deus que nos habita.
Só Ele é a nossa maior fortaleza;
Só Ele nos faz suster cada embate.
Só com Ele tudo fica mais fácil,
Só com Ele seremos firmes nas adversidades!

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

O Peixe e o Mar, Nós e Deus.


“Uma vez pediram a um peixe para falar do mar.
- Fala-nos do mar - disseram-lhe.
- Dizem que é muito grande o mar, respondeu o peixe.
Dizem que sem ele morreríamos. Não sou o peixe mais indicado para vos falar do mar. Eu, do mar, o que conheço bem são estes dez metros de superfície. É só deles que vos posso falar. É só aqui que passo o meu tempo, quase sempre distraído. Ando de um lado para o outro, à procura de comida ou simplesmente às voltas com o meu cardume. No meu cardume não se fala do mar. Fala-se das algas, das rochas, das marés, dos peixes grandes e perigosos, dos peixes pequenos e saborosos e de que temperatura fará amanhã. O meu cardume é assim: eles vão e eu vou atrás deles.
- Mas tu, que és peixe, nunca sentiste o mar?
- Creio que o sinto, às vezes, ao passar-me nas guelras.
Umas vezes sinto-o, outras não. Às vezes sinto-o, quando não me distraio com outras coisas. Fecho os olhos e fico a sentir o mar. Isto tudo de noite, para que os outros não vejam. Diriam que sou louco por dar tempo ao mar.
- Conheces o mar, portanto. Podes falar-nos do mar?
- Sei que é grande e profundo, mas não vos quero enganar. Sei de peixes que já desceram ao fundo do mar. Quando os ouvi falar percebi que não conheço o mar. Perguntem-lhes a eles, que vos saberão falar do mar. Eu nunca desci muito fundo. Bem, talvez uma ou duas vezes…um dia as ondas eram tão fortes que eu tive de me deixar levar muito fundo, para não morrer. Nunca lá tinha estado e nunca esquecerei que lá estive. Apenas vos sei falar bem da superfície do mar…
- Foi mau, quando desceste? Porque voltaste à superfície?
- Não foi mau. Foi muito bom. Havia muita paz, muito silêncio. Era como se fosse lá a minha casa, como se ali eu estivesse inteiro.
- Porque não voltaste lá ao fundo? Por preguiça?
- Às vezes acho que é preguiça, outras vezes acho que é medo.
- Medo? Mas tu não disseste que era bom? Medo de quê?
- Medo do desconhecido, medo de me perder. Aqui à superfície já estou habituado. Adquiri um certo estatuto para mim mesmo. Controlo as coisas ou, pelo menos tenho a sensação de as controlar. Lá em baixo não sei bem o que me pode acontecer. Estou todo nas mãos do mar.
- Tiveste medo quando chegaste ao fundo do mar?
- Não tive medo algum. Era tudo muito simples… E no entanto agora tenho medo…Mas eu não cheguei ao fundo do mar! Apenas estive menos à superfície.
- E que dizem os outros, os que lá estiveram?
- Dizem coisas que eu não entendo. Dizem que é preciso ir para perceber. E dizem que nada há de mais importante na vida de um peixe.
- E explicam como se vai?
- Aí é que está. Explicam que não se chega lá pelo esforço, que só podemos fazer esforço em deixar-nos ir. Que é só o mar que nos leva ao mar.
Então veio uma corrente muito forte que o fazia descer. O peixe tentou lutar contra ela com quantas forças tinha, à medida que via distanciarem-se as coisas da superfície.
Talvez para sempre…Mas depois fechou os olhos, confiou e já sem medo deixou-se ir.”

In, O Príncipe e a Lavadeira
Redescobrir a fé cristã ,histórias simples para falar de Deus e de nós
Autor: Nuno Trovar de Lemos, s.j. Edições Tenacitas

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Brilhar como o sol...


Repara na força,
na alegria e na firmeza
de cada pétala dourada ao sol!
Contempla este girassol,
E retira dele a força que precisas,
Para olhar a vida a sorrir!

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Hoje…


Cada dia é um hoje,
Mas a verdade é que o dia de hoje,
este que está a acontecer agora, não se repete.
Cada dia é único,
É uma oportunidade,
um desafio ou mesmo vários.
Não…achas mesmo que não?
Podemos acordar com o mesmo jeito indiferente,
ensonado, cruzar-nos com pessoas de modo ausente,
ir para o trabalho com a mesma cara fechada,
chatear-se pelos mesmos motivos…
E aí o dia será igual ao anterior e
perspectiva-se igual aos seguintes.
E será pena porque perdemos tempo,
tempo para nós, para os outros,
tempo para o essencial, ser feliz.
Porque ser feliz depende mais de nós que dos outros,
Temos que nos predispor a olhar o céu azul,
a reparar nas flores do caminho, nos cheiros,
nas andorinhas que cruzam os céus
e encantam os alpendres.
Temos que saber sorrir a quem passa,
levar a vida com leveza,
mais desapegados,
mais livres!
Só assim damos cor e sabor à vida,
Encarando-a de frente;
Caminhando com firmeza, confiantes,
abertos ao que o mundo nos quer dizer.
Só assim, enfrentaremos os nossos medos,
as nossas fugas…
Só assim conseguimos ver,
ouvir, estar,
quer ser mais com Ele e n´Ele.
Só assim hoje,
seremos mais e melhor!

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Inicio


Como começar uma obra?!
Não importa o tipo..
O que colocar?
Que cores…
Que letras, que formas…
Que traços delinear, juntar?!
Está tudo em aberto;
A criatividade escorrega entre os dedos,
como a areia numa praia imensa,
que de leve ou muito bruscamente,
é banhada por um mar azul,
que aponta para um horizonte sem limites.
E às vezes,
não tão rápido quanto desejado,
a verdade é que as palavras se juntam,
formam frases...
Que cheias de força,
transportam sentimentos,
Pedaços de gente,
expressões…e um toque pessoal,
sempre único,
muito além do que se vê no imediato.
Podem ser traços,
linhas direitas ou fragmentadas,
com pormenores e sensações,
descodificadas ou escondidas…
São jogos de cor intensos ou simples,
tudo serve para dar ritmo ao Sonho,
À obra que não é nossa.
É do mundo!