segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Vida


Já perdoei erros quase imperdoáveis,
tentei substituir pessoas insubstituíveis
e esquecer pessoas inesquecíveis.

Já fiz coisas por impulso,
já me decepcionei com pessoas
que eu nunca pensei que iriam me decepcionar,
mas também já decepcionei alguém.

Já abracei pra proteger,
já dei risadas quando não podia,
fiz amigos eternos,
e amigos que eu nunca mais vi.

Amei e fui amado,
mas também já fui rejeitado,
fui amado e não amei.

Já gritei e pulei de tanta felicidade,
já vivi de amor e fiz juras eternas,
e quebrei a cara muitas vezes!

Já chorei ouvindo música e vendo fotos,
já liguei só para escutar uma voz,
me apaixonei por um sorriso,
já pensei que fosse morrer de tanta suadade
e tive medo de perder alguém especial ( e acabei perdendo).

Mas vivi!
E ainda vivo!
Não passo pela vida.
E você também não devia passar!

Viva!

Bom mesmo é ir à luta com determinação,
abraçar a vida com paixão,
perder com classe
e vencer com ousadia,
porque o mundo pertence a quem se atreve
e a vida é "muito" para ser insignificante.
de, Augusto Branco

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Abrigo


Existem dias assim...
Corremos alegres contra as nossas
resistências,
E tudo fluí,
parece que nos superamos,
em cada passo do dia por uma causa maior!

Mas lá vem a vida com as suas coisas...
E se as forças nos escapam,
o porto de abrigo serás
sempre Tu!


Sempre TU.
Rezei-te muito hoje e assim permaneço!

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Contemplar a manhã


Acordei uns minutos mais cedo…
Saí à rua e apesar do dia estar cinzento não chovia,
Ainda bem, se chovesse eu ia descer
apressadamente as escadas, sem olhar à volta...

Mas hoje olhei à volta e vi uns passarinhos,
Saltitavam de ganho em ganho,
o meu olhar segui-os por uns instantes,
E depois do olhar desperto,
Começei a ouvir…
Uma misturas de sons bonita, harmoniosa,
Pareciam quase um diálogo…entre vários
pássaros no despertar da manhã!
Encarava tudo isto em silêncio,
confesso que até enternecida
com este presente da natureza.

Os ritos diários repetem-se,
e nem sempre sou capaz
de dar por mim a contemplar a manhã.
Naquele momento secretamente agradeci,
É uma bênção sair a porta,
Olhar em frente e ver o meu quintal e os quintais vizinhos,
Ver a mistura de verdes, as hortas compostas
E as laranjeiras e tangerineiras cheias de fruto,
É delas que saía grande parte dos sons que ouvia,
As árvores com os ramos pesados dos frutos,
são ainda morada e abrigo de outros…
A natureza é generosa.


E contemplando demoradamente distingue-se as mãos meigas de Deus!
Que graça.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Fora de casa e dentro de casa



Existem dias assim,
Em que saímos de nossa casa,
partimos de junto do que conhecemos
e dominamos e vamos rumo ao novo,
saímos até da cidade,
durante uns dias partimos à experiência.

Conhecemo-nos numa realidade nova,
Numa casa nova,
entre pessoas novas (passo a redundância),
com ritmos e hábitos diferentes.
Estranhamente tudo parece novo,
e ainda assim tão nosso.

Encaixamos tão bem lá,
que o novo passa a rotina,
É uma rotina diferente de repetição,
Mas antes sinónimo de estar:
Acolhida, comodamente em Casa.
Como se ali fosse ou tivesse sido:
Sempre a nossa Casa.

E em nossa Casa…
Reina a serenidade do tempo,
A tranquilidade no estar,
no sentir, no agir, no ser.
A partida é pacifica,
Já ficavamos…
mas vamos na certeza maior de voltar!