sexta-feira, 27 de março de 2009

Por estes dias...


“Se eu estou contigo, quem estará contra ti?
Quem poderá apontar-te o dedo?”
1.ª Carta aos Romanos



Cantamos juntos:


É preciso camininhar,

Nada nos pode deter,

Lutaremos para libertar,

O homem oprimido pelo poder.


Seremos fortes com jesus Cristo,

Seremos livres com a igreja,

Na esperança de libertação,

Iremos juntos como irmãos.


Coragem, coragem, coragem,
precisamos de gente castiça,
gente pobre, gente livre,gente forte,
para viver o Amor e a Justiça! (bis)


...

terça-feira, 24 de março de 2009

E se Tu


“Jesus voltou a Jerusalém por altura duma festa dos judeus. Existe em Jerusalém, próximo da porta das Ovelhas, uma piscina, que em hebraico se chama Betseda e que tem à volta cinco galerias de colunas. As galerias estavam apinhadas de doentes, cegos, coxos e paralíticos. Entre os doentes encontrava-se um homem que sofria há trinta e oito anos. Jesus, ao vê-lo deitado, e ao saber que já estava assim doente há muito tempo, perguntou-lhe: "Queres ficar curado?" O doente respondeu-lhe: "Senhor, não tenho ninguém que me leve para a piscina quando a água é agitada. Sempre que eu tento fazê-lo, alguém desce primeiro do que eu." Disse-lhe Jesus: "Levanta-te, pega na tua enxerga e vai para casa." No mesmo instante, o homem ficou curado, pegou na enxerga e começou a andar. Por isso alguns judeus disseram ao que tinha sido curado: "Hoje é sábado, e a nossa lei não te permite levar a enxerga." O homem respondeu-lhes: "Aquele que me curou é que me disse para pegar na enxerga e ir para casa." Então os judeus perguntaram-lhe: "Quem é que te disse para pegares na enxerga e ires para casa?" Mas ele não sabia quem tinha sido, pois Jesus tinha desaparecido no meio da multidão que lá estava. Mais tarde, Jesus encontrou o homem no templo e disse-lhe: "Repara bem! Foste curado. Não tornes a pecar, para que não te aconteça ainda pior." O homem foi então dizer a esses judeus que era Jesus quem o tinha curado. Por isso, eles começaram a perseguir Jesus, pois fazia curas ao sábado.”
João 5, 1-3a.5-16



E se Tu,
E se Tu me dizes que
Também preciso de ser curada?!
Nem regateio com desculpas,
Prostro-me diante de ti,
Reconheço-me a precisar dessa cura.

Contudo ninguém se cura,
Sem primeiro olhar-se por dentro,
A minha resposta é importante,
Exige-me que distinga as minhas paralisias,
Quais as que me inibem de caminhar na fé:
O Orgulho que me esmaga,
O medo que me prende,
A incerteza do que virá…

Tu Senhor, dás-me as forças,
a confiança e a vontade de caminhar.
Sem pressas caminho contigo,
E lado a lado, no teu tempo vamos seguindo!

segunda-feira, 23 de março de 2009

Pela manhã foi assim que te meteste comigo…


Isaías 44,1-5: Tu és meu! «Mas agora ouve-me, Jacob, meu servo, Israel a quem escolhi: eis o que diz o Senhor que te criou, que te formou desde o seio materno e te socorre: Nada temas, Jacob, meu servo, meu querido, que eu escolhi. Vou derramar água sobre o que tem sede, e fazer correr rios sobre a terra árida. Vou derramar o meu espírito sobre a tua posteridade, e a minha bênção sobre os teus descendentes. Crescerão como erva junto das fontes, como salgueiros junto das águas correntes. Um dirá: ’Eu sou do Senhor’; outro reclamará para si o nome de Jacob; outro se tatuará no braço: ’Pertenço ao Senhor’, e receberá o sobrenome de Israel.» (Isaías 44,1-5)


De que pertenças é feita a minha vida,
Quais as que escolhi,
as que me distinguem,
as que me ligam a ti e aos outros
as que me prendem ou afastam?!

Sei que me escolheste,
Que todos os dias me escolhes!
Só preciso de me sentir levada,
de me deixar conduzir,
deitar a baixo as resistências,
e ainda que com medo,
Concede-me as forças que preciso,
para me levares ao “sim” que aguardas
Amparo-me em Ti,
Contigo em oração, lembro:



"De que tenho medo,
Se nada é impossível para ti,
de que tenho medo,
se nada é impossível para ti.”

domingo, 22 de março de 2009

Monte Moro


"Subimos ao Monte de Moro, o lugar da escuta e da busca,
do sentido, do ideal, do querer de Deus..."

Caminhámos,
rompemos pelo campo,
ao jeito do Monte de Moro.
Assim o sinto nesta hora!

Mais que uma caminhada,
Gostei que lhe chamasse Oração.
E pensando bem, foi isso mesmo,
Foi rezar a vida,
olhá-la de frente,
como se tivesse um espelho,
que me devolvia uma imagem,
minha pois claro,
mas que adio conhecer.

Foi um caminhar descontraído,
interpelador, inquietante,
necessário, necessário!
É duro reconhecer-me tanto…
Encarar a verdade e ternura
com que me fizeste olhar a realidade.

O que sou,
e sobretudo o que deixo de ser.
Inquietou-me,
mas sei que já me inquietava antes…
só não queria ver.
Mas o que é que me constrói afinal?!
Se deixo de ver ou finjo não ver,
Anulo-me subtilmente,
deixo de me edificar.
Quero continuar assim?!
Não.

Já só com Ele,
saboreei o tempo a correr,
vi-me no silêncio de que fugi.
Chamada a acalmar, a perdoar-me,
a arrumar ideias…
Disse-te que me faltava a audácia,
Mas faltará?!
Não, vi contigo que não.

Por baixo dos meus medos,
encontra-se o tesouro que ando a procurar!
Mas primeiro,
tenho que abrir a porta do medo:
só ela me conduzirá ao que anseio mais secretamente.


Assim, o medo é uma oportunidade,
permite-me ver o que procuro.
Não tem que me paralisar,
Porque pode e deve ser o meio,
de descobrir no Amor a força que busco!