domingo, 23 de setembro de 2007

Dom da Vida


O tempo passa,
Às vezes acho que corre até depressa demais.
Talvez por isso seja difícil estar atento,
aos pequenos pormenores da vida.
Ao azul do céu,
ao verde, aos passarinhos,
às pessoas, ao mundo que nos envolve…
Mas há um dia em que todos estes sinais
de Deus no mundo, nos tocam.
Não ficam ignorados!
É o nosso dia,
Aquele em que tu e todos são especiais,
Em que acordamos Renovados,
Cheios de Vida,
E olhamos tudo
com um olhar novo.
Um olhar mais alegre,
Animado, cúmplice,
que quer partilhar a sua vida com os outros.
Que olha o futuro com uma nova esperança,
com um novo horizonte,
Cheio de oportunidades de ser ainda mais feliz!
É o nosso dia,
É meu e por isso também é teu,
Então chegam cedo os teus presentes,
As estrelas que iluminam a noite,
O sol que rompe alegremente a manhã,
e aquelas pequenas coisas, palavras,
gestos, risos…
Em tudo vibramos juntos,
lado a lado
o dom da Vida que docemente
me envolve em novos desafios,
que me deixam mais serena,
mais madura!
22 de Setembro é assim...

domingo, 9 de setembro de 2007




Caminho

Caminho na certeza,
de já ter percorrido um trilho…
Às vezes sinto que este trilho já é longo,
mas noutras alturas reparo com verdade,
que este trilho se longo,
também me devia ter dado:
Mais respostas,
mais certezas,
menos fugas,
menos medos.
Digo isto com dor,
porque no fundo no fundo do meu Ser,
bem sei que não faz sentido ter medo,
muito menos fugir!
Fugir de quê, de quem?
De mim, de Ti?!
É um engano,
mais tarde ou mais cedo,
na primeira curva mais apertada,
Eis que Te contemplo de novo,
E aí…
Confronto-me com o corre, corre da vida,
Com o trabalho, com tudo,
tudo o que coloco entre nós.
Tudo o que nos afasta.
Vejo ainda que,
Na verdade não faço nenhum caminho,
sem deixar outro para trás, é inevitável..
É assim em tudo,
E contigo não é diferente,
Tudo o que deixo para trás pesa,
Mas Tudo o que ganho em seguir em frente é bem maior.
Olho-Te de relance,
com receio de enfrentar os Teus olhos,
porque me culpo…
pelo caminho desperdiçado!
E Tu…
como sempre,
continuas a encarar-me,
não de cara feia, fechada ou desapontada.
Mas confiante,
de braços abertos esperas-me!
E de novo,
Enches-me de força e sussurras-me ao ouvido:
Recomeçamos Hoje!
Agora.