Dias e noites geladas…

É impossível ficar indiferente!

O mesmo frio que nos incomoda,

E que com desagrado aceitamos,

entre mãos e pés gelados.

Arrepios e desconfortos

que vamos calando com roupas confortáveis

ou sistemas de aquecimento…

Este frio,

Também chega a outros,
muitos outros...

Aparentemente anónimos,

esquecidos, ou só lembrados agora que o frio é muito.
E no resto do ano?!
Continuam perdidos,

abandonados pelas ruas.

E que ruas??!

Nas ruas das nossas cidades,
nos becos, nos cantos mais abrigados...

Ou nas paredes das suas casas,
Sim entre paredes

também se cala muita pobreza,
muito frio deste normal num Inverno,
e do outro não menos gelado,
da ausência de afectos,
de gestos que cuidam, que amam!

Que este frio não nos gele o coração,
antes o aqueça e desperte para a realidade!